Em São Bernardo do Campo, a luta contra a violência doméstica recebeu um impulso significativo com a implementação do programa Guardiã Maria da Penha, em 2021. Resultados notáveis foram observados, incluindo a prisão de 57 agressores e a assistência a 163 vítimas de violência doméstica, apontando para um esforço concentrado da cidade em combater esse grave problema social.
O mês de março, que abriga o Dia Internacional da Mulher, é uma época para reflexão e ação. Com 30% das mulheres brasileiras relatando experiências de violência doméstica ou familiar, segundo pesquisa do Instituto DataSenado, a necessidade de soluções eficazes é mais urgente do que nunca. Este número representa cerca de 25 milhões de mulheres no Brasil, evidenciando a escala do desafio enfrentado.
A Guarda Civil Municipal (GCM) de São Bernardo tem desempenhado um papel crucial, não apenas através de prisões, mas também promovendo a conscientização sobre o tema. Palestras e atividades educativas, realizadas em locais como o Centro de Referência e Apoio à Mulher (CRAM), UBS Fincos e Secretaria de Educação, visam educar a população sobre a importância de combater a violência contra as mulheres.
Além das ações diretas de combate à violência, São Bernardo tem implementado políticas públicas para oferecer um suporte abrangente às mulheres. Entre essas medidas, destaca-se a criação do Hospital da Mulher e o desenvolvimento da Casa da Mulher, projetada para oferecer atendimento psicossocial e orientação jurídica às vítimas. O CRAM – Márcia Dangremon e a Delegacia de Defesa da Mulher também são recursos essenciais no suporte a mulheres em situações de violência.
Outras iniciativas legislativas incluem a sanção de leis contra o assédio sexual em espaços públicos e a promoção do Disque 180, uma linha direta para denúncias de violência contra a mulher. Essas medidas refletem um comprometimento da administração local em criar um ambiente mais seguro e igualitário para as mulheres.
Os desafios, no entanto, persistem. O aumento da taxa de feminicídio entre 2022 e 2023, com um salto de 195 para 221 vítimas, sublinha a necessidade de vigilância contínua e de estratégias de prevenção e intervenção mais eficazes.
São Bernardo do Campo demonstra um compromisso contínuo com a erradicação da violência doméstica. Através da Guardiã Maria da Penha e outras políticas de suporte, a cidade está trilhando um caminho para um futuro onde a segurança e o bem-estar das mulheres são priorizados.